segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Encantadora Alma das Avenidas

João do Rio escreveu em A Encantadora Alma das Ruas que "...a rua tem alma...A rua é generosa.O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela...sem o consentimento da rua nao passam os sábios, e os charlatães que a lisonjeiam e lhe resumem a banalidade...a rua é a eterna imagem da ingenuidade...para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é no encanto da vida renovada, do chilrear do passaredo, no embalo nostálgico dos pregões - tão modesta, tão lavada, tão risonha que parece papaguear com o céu..."
Eu diria que a rua é como veia, as avenidas são artérias. As ruas levam para a avenida todo tipo de elemento que recolhe pelas veias da cidade: pessoas boas e más, honestas e desonestas, trabalhadoras e preguiçosas; indivíduos de gosto duvidoso, outros muito bem alinhados; maus elementos e cidadãos de bem. Ela sai recolhendo todo tipo e levando para o coração da cidade - o centro econômico e político, onde as decisões são tomadas.
Goiânia, com seus 1 milhão e 300 mil habitantes traz tudo isso em suas ruas e avenidas.  Navegando diariamente por estes caminhos podemos detalhar como é, principalmente, o tráfego na cidade. Como o goianiense consegue, hoje, se deslocar de seus bairros, por meio das veias e chegar até o centro, por meio de lindas avenidas - cheias de flores, de árvores, limpas e bem cuidadas, porém, quase sempre, engarrafadas.(Quézia Alcantara)

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