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A capital de Goiás, Goiânia, pena com problemas de manutenção da limpeza urbana, como varrição e coleta de lixo e roçagem do mato em lotes.
Outro estorvo que tira a paciência dos motoristas, que já lidam com um tráfego caótico e congestionado são os buracos, que tornam as avenidas e ruas, a cada dia, comparadas a queijo suíço.
Esta é a Avenida do Cerrado, a 1,5 km da sede da Prefeitura. Se essa avenida, nas barbas do prefeito Rogério Cruz se encontra assim, eu fico só imaginando como estão os bairros periféricos da capital. Como pode isso?
A Prefeitura tem divulgado que está fazendo sua parte, mas o que se vê não corresponde às propagandas institucionais do Paço municipal. Conforme registrado pelo jornal O Popular dia 4/4/23, em março e abril foram tapados 21.676 buracos, mapeados por um sistema de carro inteligente. O periódico investigou, no entanto, que no ano passado, (em março-abril2022), sem o uso da tecnologia a secretaria de infra-estrutura conseguiu recuperar 21.794 pontos, o que dá igual quantidade. O jornal questiona o contrato com a empresa de Inteligencia Artifical do veículo de mapeamento.
Esta solução apresentada pela Prefeitura não parece ser a ideal, afinal, por tantas gestões, algumas da época analógica, Goiânia era conhecida como uma das cidades mais limpas e floridas do país. Sim, nós orgulhávamos de ter nossas praças, ruas, avenidas, limpas e bem cuidadas.
E o problema só piora, já que o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) emitiu um parecer favorável à concessão de uma medida cautelar para suspender imediatamente o procedimento licitatório da Concorrência nº 002/2023, relativa à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), responsável pela coleta de lixo, devido irregularidades no processo licitatório, ausência de requisitos técnicos e de qualidade que permitam uma concorrência justa e transparente .
Assim, a coleta que está precária em Goiânia tende a piorar nos próximos dias, pois a Comurg alega que precisa contratar esses equipamentos para fazer a limpeza mecanizada.
O pior dessa situação foi o prefeito anunciar dia 2/5/23, na prestação de contas que fez na Câmara de Vereadores que a Prefeitura está com superávit de R$ 423 milhões em seus cofres. Dinheiro tem, mas porque não usa fazendo o dever de casa? Manutenção da limpeza urbana, como coleta de lixo, roçamento, operação tapa-buracos é como as tarefas domésticas que temos: limpar o piso da casa, lavar a louça, fazer a comida. Ou seja, é o básico. Isso não está sendo feito, prefeito!!!
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HIPÓTESE
Existe uma hipótese, que teóricos de estudos em Gestão Pública apontam, que é o fato de justificar licitações, por meio do argumento de necessidade urgente, imperativa, como catástrofes etc.
Assim, o caos da limpeza urbana, gerado por dificuldades da Comurg - empresa pública em que a Prefeitura de Goiânia é a principal acionista - seria uma justificativa até para DL -Dispensa de Licitação.
E também a contratação de empresa determinada por ser a única, com capacidade técnica para realizar tal serviço, como a contratada para o carro robô que mapeia os problemas da cidade, a custo de R$ 2 milhões.
Daí que deixando a cidade delargada, a opinião pública goianiense, os perfis em mídias sociais e a imprensa, em geral, pressionariam o poder público a agir com agilidade, por meio de outros mecanismos, que não a licitação - processo demorado, que exige tomada de preços de três empresas e precisa ter um planejamento e execução com antecedência.
Unidade do SAMU, no setor Novo Mundo, a 2,3 Km da sede da Prefeitura, onde se vê há dias, lixo a céu aberto. Não constatei se é lixo infectante ou não, mas, mesmo que não seja, como uma unidade de saúde expõe a situação lamentável da falta de gestão da limpeza urbana de Goiânia.
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