A Dema-Delegacia de Meio Ambiente concluiu que a construção de prédios em área no Goiânia 2 é irregular e pediu que a obra seja embargada.O inquérito foi remetido ontem para o Ministério Público e conclui que aquela área deveria ser destinada à preservação ambiental pois é uma planície de inundação e é de risco para ocupação. Mas desde que o inquérito foi aberto no início de março, a obra nunca paralisou.
Naquela época, as fotos das matérias divulgadas mostravam que a construtora já tinha iniciado os preparativos nas dependências do canteiro de obras.
Agora, foto atual mostra que construtora já levantou o primeiro piso de uma das torres(serão nove ao todo). Também próximo ao parque Leolídio Caiado foi montado o estande de vendas que continua a todo vapor, com corretores atendendo ao público e vendendo os apartamentos.
CARTA DE RISCO DE GOIÂNIA
Naquela época, as fotos das matérias divulgadas mostravam que a construtora já tinha iniciado os preparativos nas dependências do canteiro de obras.
Canteiro de obras com o primeiro piso já erguido |
Estande de vendas na rótula, próxima ao parque Leolídio |
CARTA DE RISCO DE GOIÂNIA
Na Carta de Risco de Goiânia de 1991(foto), as áreas de planície dos rio Meia Ponte,Ribeirões João Leite, Anicuns e Capivara são consideradas de alto risco, com as seguintes características:
-terrenos constituídos por seixos, areia e argila com depósitos de várzeas associados
-solos húmicos ricos em matéria orgânica
-terrenos de fundo de vale com alto grau antópico
-área imprópria à ocupação de qualquer natureza e indicados à recuperação e/ou preservação
No relatório do peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica contendo depoimentos de especialistas da Associação dos Geógrafos Brasileiros-seção Goiânia, que confrontaram informações da área onde está sendo construído o Reale com a Carta de Risco de Goiânia de 1991 e fotos georreferenciais de 2006, indicam que o projeto da área de lazer do condomínio está sobreposta, ou em cima de uma lagoa que está sendo drenada pela construtora. A Dema disse que a drenagem está sendo feita na rede pluvial pois lá no João Leite está saindo um ‘rio de água que não é pluvial’.
Conclusões dos especialistas:
-Se o rio subir mais de 3 metros pode inundar áreas do prédio.
-Está próximo à barragem do João Leite, que se romper pode inundar o condomínio também.
-A drenagem e desvio da água da lagoa para o rio pode sobrecarregar e fazer transbordamento na margem oposta onde estão construídos o Hospital Santa Genoveva e o Clube Ferreira Pacheco.
Legendas da carta de risco:
Áreas em verde - risco baixo ou nenhum risco para ocupação
Áreas em amarelo - risco médio
Áreas em vermelho claro - alto risco para ocupação
Áreas em vermelho escuro - risco de acidentes como alagamentos e desmoronamentos
Legendas da carta de risco:
Áreas em verde - risco baixo ou nenhum risco para ocupação
Áreas em amarelo - risco médio
Áreas em vermelho claro - alto risco para ocupação
Áreas em vermelho escuro - risco de acidentes como alagamentos e desmoronamentos
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