quarta-feira, 11 de maio de 2011

Assaltos e Estresse pós-traumático

Esta semana a imprensa divulgou que roubos e assaltos em Goiânia aumentaram em 57% em comparação ao ano passado. Creio ser verdade. Antes só ouvia falar dos assaltos e os envolvidos eram pessoas distantes, na maioria das vezes, relatos de entrevistados pela imprensa.
Hoje, conheço pelo 4 pessoas que tiveram seus veículos roubados mediante abordagem violenta, no caso, assaltadas. Essas pessoas ficam tão traumatizadas e quem convive com elas acaba por assimilar o medo e a apreensão que vivem.
Uma pessoa da minha família e uma colega de trabalho vivem o estresse prós-traumático por assimilação – será que existe esta categoria de estresse? O pós-traumático acontece em quem vive a situação. Pessoas que são assaltadas relatam que sentem o cano gelado do revólver por muito tempo e têm pesadelos, além de problemas para sair de casa e ir a lugares onde circulavam com tranqüilidade antes do assalto.
Mas, pessoas que assimilam o medo também sofrem. Essa pessoa da minha família não carrega mais bolsa. Imagina só uma mulher que prefere andar com os documentos numa carteira e não mais levar bolsa. É que se o ladrão levar o carro, não vai dar tempo de salvar a bolsa e com ela vão todos os documentos e até mesmo objetos preciosos, como o pen-drive!
Pensando nessa perspectiva já retirei alguns desses dispositivos que tenho. Afinal, documentos você faz uma segunda via, mas e os arquivos que são de back-up do computador pessoal e estão no pen-drive? Não. definitivamente não posso correr este risco.
Voltando ao estresse pós-traumático, a colega de trabalho teme andar à noite pelas ruas de Goiânia. E não é tarde da noite. É qualquer horário após escurecer. Tudo porque ela praticamente presenciou o assalto que culminou com a morte de um advogado ao sair de um banco, no dia 25 de abril. É totalmente justificável, apesar de que a imprudência do advogado e o fato de ter reagido durante a abordagem podem ser apontados como a causa.
Hoje não se justifica sacar dinheiro em banco. As transferências bancárias são seguras e as taxas, apesar de altas, totalmente suportáveis.
Reagir também é a pior atitude. Durante o assalto quem está no comando não somos nós, cidadãos de bem, mas um bandido, sem escrúpulos, sem respeito à vida, que não tem nada a perder. Melhor ‘cooperar’. Não olhe o bandido nos olhos, pois ele pode pensar que você vai reconhecê-lo depois ou fazer o retrato falado. Seja direto, nem tente dialogar, entregue o que pediu e fique livre o mais rápido dele.  Ah, e não tente salvar uma pessoa que está sendo abordada. Se puder procure local seguro e telefone para a polícia. Assim poderá ajudar muito mais a vítima de assalto.

Um comentário:

  1. Muito triste viver sob a mira do medo!
    Numa cidade tão bonita!
    Que nosso Deus nos proteja e dê às autoridades a clareza para solucionar esse problema tão sério!

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