Hoje completam 24 anos que ocorreu essa tragédia radioativa em nossa cidade. Me lembro bem de uma amiga que morava na rua 55 ligar para nossa casa, chorando, dizendo que estavam sendo retirados de sua casa, que fazia fundo com a casa do Adevair (um dono de ferro velho que achou a cápsula na clínica de radiologia desativada e abandonada na avenida Tocantins). Achei tão estranha a notícia e ela não sabia dizer o que realmente acontecia, mas apenas lamentava que deixou tudo: livros, álbuns de fotos, diário, roupas e até brinquedos que guardava como recordação da infância.
Na Rádio Universitária a notícia chegou no dia seguinte e ficamos atônitos. Todos procurando informações. Alguns colegas que cobriam a editoria de Cidades saiu para conseguir entrevista na Vigilância Sanitária no setor Aeroporto, hoje é Fundação Leide das Neves. Outros iam para a secretaria de Saúde tentar entrevistar o secretário ou o então governador, Henrique Santillo.
Não sabemos ao certo quem, naquela época, entrou em contato com o pó que saiu de dentro da cápsula quando os catadores a quebraram. Essa amiga e todos em sua casa já tiveram um tipo de tumor pré-cancerígeno na tireóide. Minha irmã, que frequentava a casa para estudar com ela já teve dois cânceres de mama. Graças a Deus, ambas estão vivas e bem de saúde, mas tantos já faleceram.
O fato é que os casos de câncer na cidade de Goiânia aumentaram bastante. Alguns dizem que é porque o diagnóstico está sendo feito mais cedo e em mais pacientes. Ou seja, antes, muitos só procuravam ajuda médica quando não havia mais esperança e acabavam falecendo. Hoje, a prevenção e a descoberta da doença em fase inicial possibilita tratamento mais adequado e uma sobrevida maior. Isso sem falar que a Medicina evoluiu bastante nesses 23 anos e os tratamentos menos agressivos dão condições das pessoas se recuperaram.
Gostei muito do blog Em tempo...ele traz uma excelente retrospectiva que vale a pena ler:
Como foi o acidente com o Césio 137 em Goiânia
Esta matéria do jornal Opção é bastante completa e analisa se existe causa-efeito entre a incidência de câncer em Goiânia e o acidente.Leia aqui
Médicos da CNEM inspecionaram centenas de pe | ssoas no Ginásio Olímpico |
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Não sabemos ao certo quem, naquela época, entrou em contato com o pó que saiu de dentro da cápsula quando os catadores a quebraram. Essa amiga e todos em sua casa já tiveram um tipo de tumor pré-cancerígeno na tireóide. Minha irmã, que frequentava a casa para estudar com ela já teve dois cânceres de mama. Graças a Deus, ambas estão vivas e bem de saúde, mas tantos já faleceram.
O fato é que os casos de câncer na cidade de Goiânia aumentaram bastante. Alguns dizem que é porque o diagnóstico está sendo feito mais cedo e em mais pacientes. Ou seja, antes, muitos só procuravam ajuda médica quando não havia mais esperança e acabavam falecendo. Hoje, a prevenção e a descoberta da doença em fase inicial possibilita tratamento mais adequado e uma sobrevida maior. Isso sem falar que a Medicina evoluiu bastante nesses 23 anos e os tratamentos menos agressivos dão condições das pessoas se recuperaram.
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