Hoje, 5 de junho é comemorado o Dia Internacional do Meio Ambiente e não podemos deixar de lembrar que vivemos em uma capital que possui 990 mil veículos e 1 milhão 303 mil habitantes, uma média de 1,3 veículos/habitante. Isso gera grande poluição do ar com a emissão de gases nocivos à saúde, especialmente monóxido de carbono(CO), hidrocarbonetos (HC), e óxidos de nitrogênio(NOx).
Isso sem falar que temos um dos climas mais secos do país, agravado nos meses de maio a agosto pela falta de chuva.
O Ministério do Meio Ambiente criou legislação para este problema em 1986 e em 1993 estabeleceu metas de redução da emissão de poluentes quando lançou o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores- PROCONVE e o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares - PROMOT.
Estes programas estabeleceram uma série de exigências quanto à fabricação de veículos que deveriam ter dispositivos tecnológicos para controlar a emissão de poluentes na atmosfera ou seja, a cada ano, os fabricantes de carros deveriam criar veículos menos poluentes, o que vem sendo cumprido pela indústria automobilística.
Mas isso não depende apenas de como o carro foi fabricado? Sabe-se que sem manutenção adequada, ou com o uso de combustíveis adulterados, os veículos podem apresentar defeitos e problemas que vão causar mais emissão de gases. Quem olha isso no âmbito da cidade?
O programa do Governo Federal também previu a participação de estados e municípios por meio do PCPV- Plano de Controle de Poluição por Veículos em Uso que deveria ser criado até o final de 2011 em todos os estados do país.
Goiás instituiu o seu PCPV no ano de 2004, mas este plano é um inventário da qualidade do ar e não obriga medidas para uma fiscalização da frota no momento do licenciamento, por exemplo, como acontece na cidade de São Paulo e no município do Rio de Janeiro.
O Programa de Monitoramento do Ar da Secreteria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos- SEMARH de Goiás disse que desde 2008 a qualidade do ar na cidade melhorou devido à troca da frota de ônibus do transporte coletivo e o aumento dos carros’flex’ também movidos à álcool – este é considerado um combustível com emissão zero de poluentes.
Em Goiânia, a AMMA – Agência Municipal de Meio Ambiente realiza medições do ar esporádicas segundo um gestor do órgão, utilizando um analisador de gases atmosféricos que foi adquirido pela Agência em 2006 e é capaz de detectar a presença de cerca de 100 tipos de gases diferentes e além do analisador de gases atmosféricos. Ele tem também um opacímetro, aparelho que promove a medição de gases poluentes emitidos por veículos que utilizam combustível diesel, considerado o combustível de gera mais poluição.
No seu site, a AMMA diz que com o aparelho poderá planejar as próximas ações para melhorar o nível da poluição gerada no trânsito. Por enquanto isso é só uma promessa. Ainda falta regulamentação para que efetivamente haja uma fiscalização dos veículos poluidores e sua retirada das ruas.
Quer dizer que não faltam programa e equipamento. O que é preciso é efetivamente criar uma política de fiscalização dos veículos, especialmente aqueles antigos que não têm tecnologia necessária para filtrar os gases poluentes. Andando pela cidade a gente vê uma porção desses carros, caindo aos pedaços, soltando uma fumaça escura e fétida, contaminando o ar e espalhando esse mal para os pulmões de todos os goianienses...
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